Dia morno sem sal nem porquê.
É... o calendário não me dá folga mais uma vez. Transito entre uma leitura e um
rabisco. Revisito algumas imagens que se projetam e se apagam. Percorro cenas
de histórias nas telas, rebobino o tempo, reviro épocas. Nada me traz de volta.
Recorto os momentos eternizados pelas emoções. Substituo-os por aqueles
despercebidos e banais do cotidiano. Reconheço sua imortalidade breve com a
leveza de não ter qualquer obrigação de ser o dia mais feliz da minha vida...é..."tem
dia que de noite é F...!!!"
Abandono a via, varro a
memória e esbarro em frases perdidas no meio do rascunho. Recorro sem vaga nas
lembranças, no abrigo do consolo de ter vivido e me aninho então em canções
esquecidas. Cantarolo em silêncio um tom, um timbre. Lembro-me do que retenho
dos filmes, dos livros, das músicas...algum detalhe insignificante na fala ou
numa tomada, num trecho, numa frase...uma perspectiva, um ângulo, um silêncio
que fala tanto, mas ninguém sequer ressalta. Eu me pergunto se as vezes o autor
da obra se deu conta daquilo que me assalta, se foi por acaso ou de propósito. Será
que ninguém sabe o que significa meu desenho?
A música: Não queira saber a hora, o momento...foram poucos mas foram marcantes e, com certeza, adoraria que o disco também tivesse sido arranhado nestes momentos... bjoks
ResponderExcluirHummm...
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