O mundo segue girando. O sol
mudando a sombra de um lado para o outro e tudo passa despercebido. Os
noticiários continuam mostrando gráficos e índices de acidentes
automobilísticos com vítimas, anunciando casos de mergulhos malsucedidos em
águas rasas...mais pessoas têm seus movimentos diminuídos, provocando mais
readaptações, mais isolamento, mais mudanças de planos e tudo o que disso
decorre...surgem então os novos soldados que descobrem a falta de
acessibilidade e de humanidade. Afinal, tudo o que foge da padronização, todos que
são diferentes das convenções, devem se curvar a uma forma adaptada de vida...e
o gesto ou a condição que permite isso, é chamado de inclusão. Novos discursos
de inclusão se formam e eu penso: Inclui-se o que ainda não foi inserido ou que
foi naturalmente excluído. Porém, inclusão deveria ultrapassar este
entendimento de sentido único...deveria ser um termo positivamente
"ambíguo"...porque também é necessário incluir-se na vida do outro,
mão e contramão, ida e volta. Incluir-se, também é experimentar o ônus e o
bônus de quem foi modificado. Afinal, vivenciar o outro, faz perder o senso de
discriminação, sem precisar, no entanto, eleger os protagonistas heróis nem
coitados. Por essa razão, dedico esta escrita aos que sempre estiveram comigo,
independente da condição em que eu estivesse incluindo-se em minha vida...e
assim faço uma homenagem ao Guigo... o andante que batizou esse humanizado
"movimento" de partilha de "Inclusão reversa".
Para você que não sabe por onde "ando"..siga a evolução de cada centímetro de inércia do movimento das pernas.
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
Experimente a "Inclusão reversa"
domingo, 21 de julho de 2013
A porta que reabre, o processo do recomeço
Depois de longo sumiço, reapareço
recontando a estrada. Esta poderia enfim ser a última postagem da sequência de
um parêntese aberto...mas é somente um dos lados da mesma ponte. Travo
fragmentos desses momentos talhados na memória e de inédito, só mesmo o mistério
do desconhecido...ou quem sabe, o primeiro dia em que a "porta da
rua" se reabriu para mim. Dedico, portanto, este "retalho" aos
que recomeçam todos os dias e carregam nos braços a "esperança de
óculos"...a todos aqueles que passam despercebidos ou deixam inexplicavelmente
escapar-se por um triz, apesar do algo incontornável e imprescindível...aos que
não têm escolha e aos que escolhem, sem fugir...a todos aqueles que permanecem
um eterno parêntese aberto...a todos "os meus"...dedico este
encadeamento de imagens a esta sensibilidade íntegra que nos aproximou. De
fato, "o fim é uma forma de recomeçar"...e é assim, minha vida
segue...